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Escrever é tentar retratar nossos sentimentos, com menos perdas de que quando o falamos, é desenhar por meio de palavras o combústivel que regulariza e impulsiona o nosso coração de forma precisa e necessrária. IG
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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Brigando com o sabonete liquido

 

 

 

Ir as compras também é fetiche, basta passarmos pela seção de higiene pessoal para notarmos algo muito intrigante, não  sei se já observaram mas agora as linhas de sabonete liquido vem com frases provocantes, coisas do tipo:

Eu Desperto, Eu Desejo, Eu Provoco, Eu sinto. E  pior ainda quando são frases em forma de pedido coisas do tipo: Degusta-me, Seduza-me...

Gente fala sério isso é ridículo, isso  são títulos ou as empresas acharam uma nova forma de fazer seus consumidores se venderem? Eu particularmente toda vez que leio esses rótulos tenho ataques de risos e  indignação, quem me conhece sabe que só fico satisfeita depois que leio em voz alta fazendo caras e bocas por pura critica, afinal todo ser humano é capaz de desejar, despertar, provocar, mas isso não nos da o direito de sair propagando por ai, ou será que é uma forma de auto afirmação? Sabe aquela pessoa amargurada que quer ficar bem? Ai começa repetir pra si mesma: eu estou bem, eu estou bem! Eu sou feliz!! Vai ao super mercado vê um sabonete com titulo: EU SOU FELIZ! Compra, ai logo em seguida vai pra casa chorar ...

Agora imagina a cena, uma pessoa vai visitar sua casa e ao tomar banho esquece no seu banheiro um frasco de sabonete liquido com uma mensagem bem grande escrito: SEDUZA-ME! Eu particularmente nunca vou deixar de associar a pessoa aquela mensagem e se esquecerem o DEGUSTA-ME? O_o, fim de carreira esse ai ta apelando legal, com imaginação que tenho sempre que eu olhasse pra cara da pessoa só me viria a frase do sabonete e um risinho discreto canto de boca. E em resposta eu esqueceria um escrito por mim ANTI GENTE CARENTE!

O ruim que agora não da mais pra comprar sabonete liquido pelo cheiro, tem que ler a mensagem antes e ver se tem alguma que combina com você e só depois sentir a fragrância, ou então retirar os rótulos e criar suas próprias mensagens, ou então deixa sem rótulo mesmo, afinal quem se importa? Só eu que fico indignada e brigando com frascos de sabonetes liquido mesmo.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A despedida...




Eu já sabia que aquela situação já não era mais possível, mas ainda assim não deixei de aproveitar,mesmo que no sonho, minha segunda chance como uma criança que acaba de roubar da prateleira o último doce que resta e se esconde atrás do armário para desfrutá-lo sem que ninguém a importune. Foi assim que me senti quando você sorrindo me estendeu a mão, o salão que se encontrava cheio, automaticamente esvaziou-se, éramos só nós, a música e as luzes, por um minuto quase hesitei mas sabia que logo me arrependeria.

- Você sabe que eu não sei dançar assim e que eu não vou conseguir! Disse levantando-me e seguindo em sua direção.
-Vai sim!
-Mas nem sei onde por as mãos.
-Uma eu seguro e a outra você Poe no meu ombro, não vai querer por na minha cintura não é? E deixa que te conduzo. Disse com um misto de graça, ironia e segurança.
- Ta! Mas não me rodopia. Pedi-lhe sabendo que de nada valeria.
E foi só arriscarmos alguns passos para ele me rodopiar  eu ficar mais perdida que tudo. Mas eu já não me importava com nada, éramos só nós, a música, o rodopio e minhas gargalhadas. Era nosso momento de despedida, mas somente você sabia, eu me divertia como num dia comum.
- Ahhh! Assim não vale você sabe que não sei dançar, muito menos essa parte que tem que tem de rodopiar.
- Sei que você não sabe e é por isso mesmo que te chamo pra dançar.
- É eu sei que é mesmo, vou te matar.
E quando a música foi terminando, as pessoas foram reaparecendo, por um momento quase fiquei com vergonha quando me disseram: -“ você tava com a mão no peito dele”. Verdade ou não, não foi por maldade, eu nem vi as minhas mãos, nem ninguém, achava que éramos só eu, ele e as gargalhadas. Agora sou eu sozinha e  a saudade... e não é drama, é pura verdade, eu to falando de amizade interrompida. Nesse exato momento ele não lembra mas de mim, sabe nem quem sou, não reconhece ninguém de sua realidade, ta na ala de terapia intensiva em coma. Consegue nem nos ouvir, parece que foi algo grave... No fundo eu até aposto na sua recuperação, ele me jurou que lutaria por isso mas temo que fique encantado na ilusão de liberdade que o coma provoca, enquanto isso continuarei a observa-lo pelo vidro da ala de terapia intensiva.